Do you have the time?

Me encontro mais uma vez na mesma página em branco que sempre preenchi por tantas vezes, na esperança de conseguir dar algo satisfatório a vocês, e não apenas outro texto sem sentido e sem nexo (como vocês já estão acostumados).
Como é degradante não controlar a si mesmo, não ser dono do próprio tempo (afinal todos nós estamos na mesma timeline, cada um na sua própria layer). Acabar batendo sempre na mesma rotina angustiante de ontem, que será a mesma de amanhã e assim por diante... Viver preso a tarefas inúteis que só cansam mais a cada dia, feitas apenas por obrigação (por mais divertidas que sejam).


Então se acaba chegando a um dogma, à realidade indiscutível de que "não há tempo para se fazer nada" e pronto, acabou por aí.
NÃO, é melhor para todos se as coisas não forem assim, se a nossa realidade simplesmente for adaptada às nossas necessidades e o "nosso" tempo simplesmente for um reflexo disso.
Uma vez li por aí que o tempo de vida de uma mosca (3 semanas) é relativamente igual ao de um elefante (65 anos em média), ou seja, embora a diferença enorme, a vida para eles parece ter o mesmo tempo. Tô pensando em como explicar ainda...
As moscas têm olhos formados por cerca de 4.000 facetas cada um. Eles conferem à mosca uma visão de praticamente 360 graus, e reflexos milhares de vezes mais rápidos que os humanos. Esse metabolismo logicamente resulta em um relógio biológico mais acelerado que o nosso, que é compensado pelo seu tempo de vida mais curto... Está dando pra entender alguma coisa?
Eu imagino então que o tempo de vida de todos os seres seja relativo... Ou seja, independente do tempo como contamos (meses, dias, anos, etc) todos vivemos o mesmo período, tanto moscas como tartarugas (que a propósito são beeeem lerdas, será que isso explicaria os seus 200 anos de média de vida?)...
Bom, voltando ao assunto do começo do post, nunca vamos ter tempo pra algo se não quisermos ter... Porque quando precisamos de tempo nós conseguimos, e por mais reclamações de que a vida passa muito rápido, eu diria que esse tempo é na medida certa. Em vez de nos preocuparmos demais com trabalho, escola, etc, por que não dar mais atenção para as coisas mais simples da vida? Não sei porque agora me veio à mente o livro do Pequeno Príncipe (desculpe se você não leu), com aquele contador que sempre dizia que era um homem importante, mas para quem o serviço dele tinha importância? (Ele contava as estrelas e dizia possuí-las). O que realmente importa para nós? Ter um grande espaço na nossa vida ocupado pelas pessoas ou uma lacuna somente preenchida pelo que chamamos de trabalho?
Bom, com essa pergunta eu me despeço de vocês, até o próximo post! A propósito, um bom feriado!